Será que o seu filho tem dificuldades sensoriais? Veja sinais e como a terapia ocupacional pode ajudar
Algumas crianças se irritam com barulhos, evitam toques ou estão sempre pulando. Esses comportamentos podem estar ligados ao processamento sensorial. Descubra os sinais de dificuldade sensorial e como a terapia ocupacional pode ajudar seu filho a se desenvolver melhor.
Amanda Conte Magesto
6/10/20253 min read


“É só birra ou tem algo a mais acontecendo?”
Você já se perguntou por que seu filho se irrita com etiquetas de roupa, não gosta de cortar o cabelo ou não consegue ficar quieto nem por um minuto? Muitas vezes, esses comportamentos são vistos como birra, teimosia ou falta de limites, mas podem indicar algo mais profundo: uma dificuldade no processamento sensorial.
Essa condição pode afetar a forma como a criança percebe, interpreta e responde aos estímulos do ambiente — e isso impacta diretamente o comportamento, o aprendizado e a convivência social.
O que são dificuldades sensoriais?
Nosso cérebro recebe constantemente informações dos sentidos — visão, audição, tato, olfato, paladar, equilíbrio (sistema vestibular) e percepção corporal (sistema proprioceptivo). Organizar essas informações de forma eficiente é o que chamamos de integração sensorial.
Quando esse processo não acontece de maneira adequada, a criança pode reagir de forma exagerada ou insuficiente aos estímulos. Isso pode gerar comportamentos que, à primeira vista, parecem “estranhos”, difíceis de lidar ou até incompreensíveis para os adultos.
Alguns sinais de que seu filho pode ter dificuldades sensoriais
Essas dificuldades podem se manifestar de diferentes formas, e nem sempre são percebidas de imediato. Veja alguns sinais comuns:
Se incomoda com etiquetas de roupas, meias ou texturas de tecidos
Evita certos sons fortes (secador de cabelo, aspirador, fogos de artifício)
Reage de forma intensa a toques ou mudanças inesperadas
Busca estímulos constantemente: gira, pula, se joga no chão, corre sem parar
Não gosta de sujar as mãos com tinta, areia ou comida
Tem dificuldade de concentração, parece estar “no mundo da lua”
Tropeça com frequência, esbarra em objetos
Tem crises de choro ou raiva sem causa aparente
Apresenta dificuldade para se acalmar sozinho ou para dormir
Esses comportamentos não significam que a criança tenha um transtorno, mas podem indicar que o cérebro está tendo dificuldades para lidar com os estímulos do ambiente.
Como a terapia ocupacional com integração sensorial pode ajudar?
A terapia ocupacional com base na integração sensorial oferece um ambiente seguro, estruturado e lúdico, onde a criança é incentivada a explorar diferentes tipos de estímulos — como movimentos, texturas, sons e brincadeiras com desafios motores — de forma planejada e direcionada.
Esse processo ajuda o cérebro a organizar melhor as informações que recebe do corpo e do ambiente, promovendo respostas mais ajustadas nas situações do dia a dia.
Crianças que podem se beneficiar desse tipo de intervenção incluem aquelas que:
Se mostram muito agitadas ou, ao contrário, mais passivas e “desligadas”;
Demonstram incômodo excessivo com sons, cheiros, toques ou outros estímulos sensoriais;
Têm dificuldade para planejar e executar ações mais complexas, como se vestir, montar um brinquedo ou participar de jogos com regras;
Enfrentam desafios de atenção, aprendizagem ou comportamento na escola;
Têm dificuldade para se envolver de forma satisfatória em interações sociais.
Essas dificuldades podem estar relacionadas ao modo como o cérebro da criança processa e responde aos estímulos sensoriais. Quando isso acontece, a intervenção baseada em integração sensorial pode trazer avanços significativos – sempre considerando uma avaliação cuidadosa e individualizada.
Com o tempo, o trabalho busca favorecer a regulação emocional, melhorar a percepção e o controle do próprio corpo, além de fortalecer a capacidade de se organizar para agir – algo essencial para a participação em atividades como brincar, aprender, se relacionar e cuidar de si.
Cada intervenção é pensada de forma personalizada, levando em conta as necessidades e o perfil sensorial da criança, respeitando seu ritmo e valorizando suas potencialidades.
💬 Ficou com dúvidas?
Se você tem alguma preocupação relacionada ao desenvolvimento do seu filho ou reconheceu alguns desses sinais e quer entender melhor como a terapia ocupacional pode ajudar, entre em contato para agendarmos uma conversa. Uma avaliação cuidadosa pode esclarecer muitos comportamentos que hoje parecem difíceis de entender.
Atendimentos em consultório de terapia ocupacional em Indaiatuba, com estrutura completa para avaliação e intervenção infantil.
Endereço:
Rua das Orquídeas, 777 – Jardim Pompeia
Indaiatuba – SP, 13345-040
E-mail: info@amandamagesto.com.br
WhatsApp: (11) 98343-9468

